Questão:
o que vc achou do novo cd do silverchair:Young Modern?
2007-05-10 21:22:38 UTC
queria saber se vcs gostaram das músicas, eu gostei muito, e por favor não digam que ficou pop de +, somente os ignorantes acharam isso!!!!
Quatro respostas:
wladdyx
2007-05-13 07:23:28 UTC
talvez essa vampira ai de cima nãon conheça realmente o trabalho dos caras,mas não esquenta assim como todos os goticos ela só quer aparecer ,é exatamente o que todos goticos fazem , cultivam a tristeza e a discrição para se aparecer como diferentes ,com certeza ele deve sofrer de algum vazio existencial ,ou melhor "falta de macho"

quanto ao novo trabalho do silverchair!:



A essa altura, dizer que o Silverchair cresceu e amadureceu soa terrivelmente redundante. Afinal, onze anos e 4 álbuns já se passaram desde sua estréia com o álbum grunge-teen, “Frogstomp”. Desde então, a banda não pára de reformular seu som – álbum após álbum - buscando novos arranjos e estilos de composição.



Esse fato, por si só, já transforma o Silverchair numa banda mais significativa do que a maioria prefere acusar. Devido ao curso complicado e sinuoso de sua carreira, a banda é praticamente ignorada por quase toda comunidade musical. No começo, eles eram adorados pelos grunges e odiados pelo público pop; depois, passaram a ser adorados pelo público pop e odiados pelos grunges; hoje, provavelmente são odiados por todo mundo. Aos atenciosos do bom pop-rock, o que importa é que a banda é ousada e inventiva como poucas. Sim, pois se você os ignora só porque eles já estiveram na capa da Capricho e “Miss You Love” era a música favorita de toda garotinha com espinhas na cara, não sabe o que perdeu desde então (O mesmo vale para aqueles que só gostam dos dois primeiros álbuns...).



‘Young Modern’ vem para apaziguar os fãs (os que restaram), após mais de 5 anos fora de atividade, rumores de fim da banda e as notícias da luta de Daniel Johns contra doenças mais esquisitas do que sua própria aparência. A expectativa em torno do novo álbum se deve não só ao retorno da banda, mas na dúvida se eles conseguiriam manter, depois de tanto tempo, o nível de popularidade – na Austrália, pelo menos - que os dois últimos álbuns alcançaram.



O que fazia de ‘Diorama’ um álbum tão bom – e, provavelmente, o melhor deles até aqui – é que Daniel Johns finalmente focou (ao menos na maior parte do disco) naquilo que sabe fazer melhor: na carga emotiva. O álbum era repleto de faixas emocionantes e acertava várias vezes onde o 'Neon Ballroom' só conseguia em breves momentos (especialmente em “Paint Pastel Princess”, “Miss You Love” e a obra-prima “Emotion Sickness”). Canções como “Across the Night”, “Tune in the Brine” e “After All These Years”, por exemplo, são verdadeiras maravilhas do orchestral-pop e mostravam, com suas imprevisíveis estruturas e arranjos grandiosos, a evolução excepcional de Daniel Johns como músico e compositor.



‘Young Modern’, mesmo sem ter o mesmo apelo radiofônico, se mostra um passo natural para a banda, que há tempos já mostrava interesse em investir numa sonoridade cada vez mais pop e menos hard-rock.



Curiosamente, o álbum soa bem mais perto do Dissociatives, projeto paralelo de Daniel Johns com Paul Mac (que, não por acaso, participou das composições de ‘Young Modern’ e toca teclado em todas as faixas), do que do Silverchair que conhecemos, denunciando a tendência cada vez mais forte da banda em soar mais como projeto de um homem só do que como banda propriamente dita.



Não que isso seja ruim. Faixas como “Waiting All DAy” e “All Across the World” são pessoais e intimistas demais para constar num álbum de uma “simples” banda de rock. O disco acaba tendo muito mais a cara de seu centro criativo - Daniel Johns - do que qualquer outro álbum do Silverchair.



A brilhante marcha sinfônica de “If you Keep Losing Sleep”, por exemplo, – talvez a faixa mais forte do disco – anuncia as novas habilidades em estilo de composição de Johns, que praticamente deixa de lado os riffs e dedilhados de guitarra que marcaram os álbuns anteriores para investir em estruturas harmônicas mais inusitadas e linhas melódicas mais complexas.



A balada “Reflections of the Sound” - mais uma na linha do que Johns fez no Dissociatives - a princípio pode soar exaustiva, mas logo se revela como mais uma inteligente e deliciosa canção pop da banda.



“Those Thieving Birds (Part 1) / Strange Behaviours / Those Thieving Birds (Part 2) “ , com suas três partes, é tão misteriosa, épica e poderosa quanto as antigas “Across the Night” e “Tuna in the Brine”. A faixa começa numa espécie de valsa, progride num esquisito - e impressionante - pop-rock orquestrado (que lembra até mesmo, vejam só, o Guillemots) e volta para a valsa, terminando de forma melancólica e triste.



E se as baladas Coldplay-like “Straight Lines” e “Waiting All Day” não impressionam, ao menos são redondinhas e agradáveis.



Mas Daniel Johns, como o próprio título do álbum sugere, provavelmente se gaba em ser um compositor que agrega música pop moderna sem renegar o seu passado. Ironicamente, ele quase sempre erra justamente quando tenta exibir suas influências de adolescência (que o digam “One Way Mule” e “The Lever”, que não são exatamente ruins, mas destoavam muito do que o ‘Diorama’ propunha). Na segunda metade de ‘Young Modern’ esse fato é mais evidente, já que Johns insiste nos mesmos erros do passado ao tentar canções mais “rock’n roll”, como a horrorosa “Mind Reader”, que quase se equipara ao brega-rock do Kiss.



“Low” é outra que soa nostálgica ao resgatar David Bowie da fase Ziggy Stardust. Consegue ser simpática, mas esquecível.



O punk-pop de “Insomnia” e o coral de “All Across the World” também não empolgam como poderiam e acabam encerrando o álbum de forma anticlimática.



Muitos provavelmente reclamarão da falta de hooks e de faixas realmente marcantes. É verdade que poucas sobrevivem na memória após uma audição completa do álbum. Não se deve esperar por um hit-pop grudento como “The Greatest View”, riffs de guitarra fortes como “Without You” ou baladinhas apaixonantes como “Ana’s Song” e Miss You Love”. Pelo jeito, essa foi mais uma fase superada pela banda.



‘Young Modern’ é um disco que cresce com o tempo, e ainda que tenha poucos momentos de destaque, não deixa de ser uma agradável viagem pop, principalmente na sua primeira metade.



Admirando ou não o que o Silverchair fez e faz, não se pode ignorar uma banda que desafia si própria e os ouvintes em cada álbum. E se, como defendem alguns, o que a música pop mais precisa hoje em dia é de “reformulação”, o Silverchair o faz com louvor. Uma banda que já passou – e continua passando - por tantas transformações em seu som em tão pouco tempo de carreira merece sempre ser ouvida.



O pop é para muitos. Mudar, reformular e evoluir, isso sim, é para poucos.
Anna
2007-05-14 11:06:57 UTC
miley 1º queria te dizer q sou fã do silverchair,

escutei o cd, e de início é aquela coisa de novidade né, vc fica meio sem saber direito o que pensar, é uma sensação meio difícil de definir... depois de passado esse 1º momento vc começa a curtir o cd, foi isso q aconteceu comigo.Hoje depois de já ter escutado muitas vezes pela chairpage eu te digo que o cd é bem legal sim! as melodias são ótimas, o Daniel cria coisas incríveis!Eles todos ,Daniel , Chris e Bem estão mais maduros, isso é bacana; As músicas são ótimas!

Eu gostei muito do cd, pena q não sei quando vai cahegar aqui no Brasil, vc sabe?

Bjos! e finamente encontrei uma menina q conhece o silverchair,!más sem fanatismo heim?

Bjos!

Fui!
Maurício T
2007-05-13 10:43:11 UTC
Muito boa resposta essa aí de cima. Vc é crítico de música?



Assisti o Silverchair no Brasil, em Recife, na época do Diorama. Para mim o melhor cd deles mesmo. O que acho é que nesse último cd o som segue a tendência da própria banda como descreve bem a resposta acima, mas perde força, como se Daniel Johns tivesse "errado a mão" um pouco. Ele evolui muito como músico, cantor e guitarrista e isso foi impressionante no Diorama. Agora parece que ele quer evoluir como compositor e isso é muito bom. Mas acho esse cd deve tê-lo deixado muito satisfeito, porém para mim falta alguma coisa. Talvez porque eu seja um grande fã mesmo de riffs e guitarras.
Vampira
2007-05-12 20:13:11 UTC
ahhh..........mais um cd com canções pobres e sem nenhuma técnica ou melodia e peso , típico desse estilo de música q é pobrinho musicalmente.


Este conteúdo foi postado originalmente no Y! Answers, um site de perguntas e respostas que foi encerrado em 2021.
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